Revista Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea
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<p>A revista Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea nasce como um movimento Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estrutural (SBPFE), encabeçado pelo seu presidente-fundador, o Prof. Dr. Guilherme Messas, com intenção e meta de desenvolver e difundir a psicopatologia fenomenológica no Brasil e no mundo. Assim, desde sua criação em 2012, a revista tem se voltado ao tema publicando artigos tanto de autores clássicos quanto de autores contemporâneos, bem como de novos pesquisadores da área. Além de seu fundador, a revista teve em seu quadro de editores a Profa. Dra. Virgínia Moreira (2016 e 2017). Atualmente conta com três responsáveis pela edição, o Dr. Flávio Guimarães-Fernandes (2018-atual), o Dr. Lucas Guimarães Bloc (2022-atual), Dra. Daniela Ceron-Litvoc (2018-atual) e o Dr. Gustavo Bonini Castellana (2020-atual).</p>Sociedade Brasileira de Psicopatologia Fenômeno-Estruturalpt-BRRevista Psicopatologia Fenomenológica Contemporânea2316-2449<p>Os autores detém os direitos autorais sem restrições, devendo informar a publicação inicial nesta revista, em caso de nova publicação de algum trabalho.</p>Comentário sobre Le Cas Jonas – Essai de phénoménologie clinique et criminologique, de Jérôme Englebert e Grégory Cormann
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<p>A resenha propõe uma análise crítica do livro <em>Le Cas Jonas – Essai de phénoménologie clinique et criminologique</em>, de Jérôme Englebert e Grégory Cormann, publicado em 2021, na coleção <em>Phénoménologie Clinique</em>. Inscrevendo-se na longa tradição fenomenológica, o livro propõe um modelo inovador de análise clínica, ampliada pela análise criminológica, que se abre para um diálogo com múltiplas perspectivas. Essa atitude metodológica é proposta não como forma de fazer as diversas e possíveis abordagens rivalizarem entre si, mas de fazê-las ressoar cada uma frente às outras, com vistas ao aprofundamento da compreensão do caso estudado. Nesse sentido, avalia-se como Englebert e Cormann propõem, de modo ensaístico, os mais variados recursos para compreender o <em>caso Jonas</em>, sejam eles advindos da psicopatologia clínica, da criminologia, da etologia, da fenomenologia da situação, da fenomenologia do eletrochoque, da literatura e, até mesmo, da análise cinematográfica comparativa.</p>Fabio Caprio Leite de Castro
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2023-12-202023-12-20123596610.37067/rpfc.v12i3.1154Editorial
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<p>Editorial</p>Daniela Ceron-LitvocFlávio Guimarães-FernandesGustavo Bonini CastellanaLucas Guimarães Bloc
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2023-12-202023-12-201231210.37067/rpfc.v12i3.1157O significado da ansiedade na clínica existencial-humanista
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<p>O objetivo do presente trabalho é refletir sobre o significado da ansiedade em uma perspectiva existencial-humanista. Para tanto, partiremos da reflexão de Rollo May (1909-1994) acerca da “super simplificação” efetuada pela psicologia atual e as técnicas desenvolvidas para lidar com a complexidade da experiência humana. Sendo assim, a obra <em>O significado da ansiedade </em>(1950) do psicólogo norte-americano será o mote para pensar a ansiedade na clínica existencial-humanista. Nessa obra, May afirma que a ansiedade é uma ameaça ao ser. Sendo a ansiedade uma ameaça ao ser, ela pode tanto surgir como ameaça a algum valor, ameaça de morte física e ameaça psicológica. Por fim, seguindo o pensamento do autor, concluímos que a ansiedade está sempre presente nas nossas experiências de autorrealização e de criatividade.</p>Carlos Campelo da Silva
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2023-12-202023-12-2012331410.37067/rpfc.v12i3.1127Um olhar diferente para a mesma palavra
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<p>O presente artigo procura trazer uma compreensão de um caso clínico, à luz da ontologia existencial do filósofo Martin Heidegger (1889-1976) e a sua analítica do Dasein, denominada daseinsanalítica. Esse pensamento é trazido pelo psiquiatra e psicoterapeuta suíço Medard Boss (1903-1990), para embasar sua maneira de abordar o fenômeno patológico em sua atividade clínica. Com a aliança entre os pensamentos de Heidegger e Boss, traremos a compreensão do modo de ser impróprio em Heidegger, o qual vem a ser o modo primário do Dasein, que, apesar de condicionante, também é possibilitador de transformação. Também traremos aspectos gerais de um caso, baseados em uma experiência clínica, iniciada com a chegada da paciente à terapia, após vivenciar uma situação limite (separação conjugal), além do esclarecimento de algumas dimensões da sua experiência, a partir da perspectiva de Boss, sobre como realiza seu existir e sobre a noção de restrição (ou privação).</p>Rosane de Miranda Muniz
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2023-12-202023-12-20123153710.37067/rpfc.v12i3.1136Dissidências sexuais
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<p>No livro <em>Sentido e Conteúdo das Perversões Sexuais,</em> publicado em 1947, Medard Boss realiza uma daseinsanálise de oito casos clínicos, destacando como as supostas “perversões” seriam estreitamentos do fenômeno do amor. Este artigo objetivou realizar um exercício de releitura contemporânea desta obra. Identificamos não só limitações do pensamento de Boss, ainda muito preso a convenções sociais da época, na seção “três homossexuais”, mas também potencialidades para uma fenomenologia das dissidências sexuais a partir dos casos dos pacientes fetichistas. O acolhimento dos sentidos descritos pelos sujeitos possibilitou rupturas com os modelos universalizantes e patologizantes até então disponíveis, bem como facilitou outras compreensões do modo de existência amoroso, apreendendo essas expressões de sexualidade enquanto possíveis “clareiras” que permitiram aos sujeitos o acesso ao fenômeno do amor, isto é, a abertura na relação com o mundo e a ruptura com modos existenciais engessados.</p>Geise Campêlo FerreiraIleno Izídio da Costa
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2023-12-202023-12-20123385810.37067/rpfc.v12i3.1145