Café com a Morte

O diálogo da Logoterapia com o processo do morrer

Autores

DOI:

https://doi.org/10.37067/rpfc.v14i1.1205

Palavras-chave:

Logoterapia, morte, análise existencial, finitude, psicologia clínica

Resumo

Refletir sobre a morte, em tempos que tendem a evitá-la, é um convite à autenticidade e ao reencontro com o sentido da vida. Este artigo propõe uma reflexão fundamentada na Logoterapia e na Análise Existencial de Viktor Frankl, centrando-se na maneira como essa abordagem pode oferecer recursos para o enfrentamento consciente do processo de morrer. Através de uma pesquisa qualitativa, de cunho exploratório e bibliográfico, são analisadas obras de Frankl e de autores contemporâneos que discutem o tema. Observa-se que a aproximação com a finitude, quando mediada por uma visão logoterapêutica, pode ampliar a consciência existencial e fortalecer a vivência de sentido mesmo diante do sofrimento inevitável. A proposta do Café com a Morte emerge como espaço simbólico e dialógico, onde é possível cultivar uma relação mais humana e realista com a própria mortalidade, como parte integrante da existência. Conclui-se que a Logoterapia oferece ferramentas valiosas para acompanhar o ser humano em sua travessia final, promovendo um reencontro com o sentido da vida até seu último instante.

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Biografia do Autor

Letícia Stéfane Carneiro Gomes, Universidade de Brasília

Psicóloga, Mestranda do Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica e Cultura (PPG-PsiCC) pela Universidade de Brasília (UnB).

Ileno Izídio da Costa, Universidade de Brasília (UnB)

Psicólogo. Doutor. Pesquisador - Orientador do Programa de Pós Graduação de Psicologia Clínica e Cultura na UnB. Pós-Doutor (USP, UFRN, UCB, Lisboa).

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2025-07-23

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Artigo original